Disciplina: PRÉ-CLINICA
Alunas:
10
|
EVELANE MAIA DE OLIVEIRA
CARNEIRO
|
10
|
RAYSSA MENDONÇA VITORINO
|
RESUMO DO ARTIGO: “Frequência de relatos de parafunções nos subgrupos de diagnósticos de
DTM de acordo para pesquisa em disfunções temporomandibulares.”
O objetivo do artigo supracitado é
verificar qual a frequência dos relatos sobre as disfunções temporomandibulares
(DTM) que podem ser definidas como um conjunto de condições dolorosas que
envolvem os músculos de mastigação do paciente que acometem os pacientes diurna
e noturnamente e tem como sintomas característicos a dor à palpação muscular
e/ou articular, limitação à função mandibular e ruídos articulares. Tais
sintomas tem uma incidência de mais de 75% da população adulta.
A falta de conhecimento específico nessa
área faz com que a sua classificação seja dada a partir dos sintomas.
Atualmente o “Critério Diagnóstico para Pesquisa em Disfunção
Temporomandibular” oferece a melhor classificação para a DTM, pois oferece
métodos para avaliar a dor crônica e os níveis dos sintomas depressivos.
Hábitos parafuncionais são aqueles os quais fogem à normalidade de funções como
a deglutição, mastigação e fonação. Dentre os hábitos orais que afetam as
estruturas mastigatórias estão o ranger ou o apertar dos dentes que tem
pressões intra-articulares maiores que 40mmHg, podendo até liberar radicais
livres que por consequência causam danos no tecido celular, também denominado
bruxismo. Hereditariedade, fumo e o alto consumo de café são os principais
causadores do bruxismo. O cérebro é primeiramente ativado, logo em seguida é
notada certa arritmia cardíaca, logo depois a musculatura mastigatória é
fortemente ativada.
Nos episódios de bruxismo, 60 a 80%
ocorrem durante o sono leve. O bruxismo tem uma baixa no decorrer em que a
idade aumenta. Tem uma presença de 24% em crianças, 14% em adultos e 3% em
pessoas acima de 60 anos de idade. Há evidências de que o bruxismo é causado
pelo fato de que o cérebro interpreta pulsos eletromagnéticos e a frequência cardíaca
durante o sono, a qual tem sua atividade três vezes mais frequente. Há métodos
de avaliar esse comportamento através de auto-relato, exame clínico oral e
estudos em laboratórios do sono.
Com o tratamento de polisonografia o
diagnóstico clínico foi correto em cerca de 83,3% dos casos, embora sejam
bastante confiáveis tem uma difícil realização assim como um alto custo,
limitando o acesso à famílias mais carentes. O diagnóstico para que se detecte
uma pessoa que seja bruxomana, ou seja, pessoa a qual sofre de bruxismo também
pode ser feito através de analise, como por exemplo, uma criança que não tem
idade o suficiente para que tenha tal desgaste nos dentes.
Foi utilizado um banco de dados
composto por informações diagnósticas de fichas clínicas da data de maio de
2004 à agosto de 2005, no qual foram avaliadas 217 pessoas. Estas foram
divididas em 3 grupos. O grupo I com diagnósticos de dores musculares, o grupo
II com deslocamento de disco e o grupo III com artralgia, osteoartrite e
osteoartrose. A maioria destes recebeu diagnóstico de dor miofascial e
alterações degenerativas e/ou álgicas da ATM representando 40,7% da amostra. De
182 pacientes estudados, 140 relataram algum tipo de parafunção sendo ela
diurna, noturna ou uma associação entre ambas.
Os estudos
sobre a influência das parafunções orofaciais ainda são limitados, porém há
possibilidade de que estas estejam relacionadas hábitos parafuncionais sobre a
estrutura do sistema estomatognático. Pesquisas têm sido desenvolvidas para se
saber a relação entre essas parafunções orais, como o bruxismo, seu início e
agravamento. Sabe-se que o melhor modo de se diagnosticar o bruxismo é através
de polisonografia. Como previamente demonstrado, pacientes com DTM apresentam níveis
elevados de atividade nos músculos masseter e temporal em repouso.
Sendo assim, a parafunção diurna foi
mais frequente em pessoas que tem alterações álgicas e/ou degenerativas da ATM,
ao passo que pessoas que tem parafunção noturna apresentaram deslocamento do
disco articular isoladamente ou com dores miofasciais. As parafunções diurnas e
noturnas foram mais frequentes em pessoas que apresentam dor miofascial.
Autores do Artigo
Científico: Raquel Stumpf Branco, Carla Stumpf Branco, Ricardo de Souza Tesch e
Abrão Rapoport
Revistas: Revista Dental
Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 13, n. 2, p. 61-69, mar./abr. 2008
BRANCO, R. S.; BRANCO, C.
S.; TESCH, R. S.; RAPOPORT, A.
Nenhum comentário:
Postar um comentário