Bruxismo
do sono
Alunos: THAYNNE HERMYLLE PEREIRA DA SILVA
ARIANE DE OLIVEIRA SANTANA
AUTORA: Cristiane Rufino de
Macedo
R Dental Press Ortodon Ortop
Facial
Maringá, volume 13, número.
2, mar./abr. 2008
O bruxismo do sono é uma atividade oral que se
caracteriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono, podendo estar
associado com o despertar em períodos curtos com duração de 3 a 15 segundos
também conhecido como microdespertares. Alguns sinonímias são utilizadas para
descrever a doença, como por exemplo: neurose do hábito oclusal, neuralgia
traumática, bruxomania, friccionar- ranger de
dentes, briquismo, apertamento e parafunção oral. O bruxismo do sono se
diferencia do bruxismo diaurno por por
envolver: diferentes estados de consciência ou seja, sono e virgília; e
difernetes estados fisiológicos com diferentes influências na excitabilidade
oral motora. Sendo assim o bruxismo diurno caracterza-se por uma atividade
semivoluntária da mandíbula, apertando os dentes o indivíduo estando acordado
onde geralmente não ocorre o ranger dos dentes e geralmente está relacionado a
um hábito. Diferente do bruxismo diurno, o bruxismo do sono é uma atividade
inconsciente de ranger os dentes com produção de sons , onde o indivíduo
encontra-se dormindo. O bruxismo diurno é subdividido em duas classes primário
ou secundário. O primário se classifica por ser idiopático, não está
relacionado a nenhuma causa médica evidente, clínica ou psiquiátrica. Esta
forma primária pode ser considerado com
um distúrbio crônico persistente com evolução a partir do seu aparecimento na
infância ou adolescência para idade adulta. Já em relação ao bruxismo
secundário está associado a outros transtornos clínicos: neurológicos como por
exemplo na doença de Parkinson; psiquiátricos; nos casos de depressão; outros
transtornos do sono, como apeia; e uso
de drogas, como as anfetaminas. Não existe prevalência exata para esse
distúrbio. Isso ocorre devido aos estudos epidemiolágicos serem baseados em
populações e metodologias diferentes. Sendo assim essa prevalência é imprecisa
devido as pesquisas serem realizadas em pessoas que dormeem sozinhas e não tem
consciências dos sons produzidos durante o seu sono, também os questionários
podem ser preenchidos por portadores ou familiares com diferentes definições
clínicas e diferentes sintomatologia. Mesmo assim, estudos mostram que a
prevalência em crianças maiores de 11 anos de idade é a mais alta e assim essas
taxa diminuem ao longo da vida. A prevalência em idoso deve ser mais em
pacientes que usam próteses totais em acrílico previnem os sons de ranger de
dentes. ainda em relação ao gênero, estudos mostram que não tem nenhuma
diferença encontrada nos indicadores de prevalência. De acordo com pesquisas
alguns fatores de risco estão associados ao bruxismo do sono, entre eles
destacam-se: idade, tabaco álcool ,cafeína, fatores psicológicos , como
estresse e personalidade estando também relacionados a fatores etiológicos. A
incidência do microdespertar está associada a uma alta freqüência da alta
muscular mastigatória. Além dos microdespertares existem indícios da
participação de substâncias neuroquímicas no bruxismo. A serotonina tem um
importante papel na fisiopatologia do bruxismo, drogas que são inibidoras
seletivas da receptação da serotonina tais como: a fluoxetina, paroxetina,
entre outras tem sido responsáveis por ranger os dentes. Basicamente o
diagnóstico clínico tem sido baseado no relato de ranger os dentes ocorrido
durante o sono associado a dor e a tensão nos músculos da face ao acordar.
Alguns sinais também são utilizados como diagnóstico como, por exemplo: o
desgaste anormal dos dentes e a hipertrofia do masseter. Mesmo assim esses
achados são duvidosos pois podem ter ocorrido anteriormente ao evento e
secundário ao hábito voluntário de apertar os dentes. Outro diagnóstico clínico
pode ser a polissonografia onde irá identificar episódios de bruxismo durante a
noite de sono. É importante utilizar o eletroencefalograma, eletre-oculograma e
eletromiografia, resistro audiovisual, para que possa observar os sons de
ranger de dentes e alguma atividades bucomandibulares, tais como salivação,
deglutição, tosse, vocalização que representa 30% das atividades bucais durante
o sono, podendo ser confundidas com episódios de bruxismo do sono.Alguns
tratamentos tem sido utilizados com: farmacológico ( em casos agudo e grave,
por um período curto de tempo, como depressivos e relaxantes musculares),
psicológico ( pode ser realizado o controle de estresse e em técnicas de
relaxamento, mas nenhum com fortes evidências) e o tratamento odontológico (
ajuste oclusal, restauração da superfície dentária, tratamento ortodôntico e
placas oclusais). Atualmente o mais utilizado é o de placas oclusais. Estudos
realizado mostraram que o uso dessas placas não traz a cura do bruxismo, mas
diminui o desgaste dos dentes. Diante do exposto, percebe-se a necessidade de
estudo a cerca do bruxismo do sono, pois não há tratamento eficaz para tal
patologia, pois ainda é algo para ser desvendado.
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