305-1 - 1ª Turma de Odontologia da Faculdade Leão Sampaio

305-1 - 1ª Turma de Odontologia da Faculdade Leão Sampaio
Primeira Aula de Anatomia Humana - Profª Drª Vanessa Bitú

segunda-feira, 18 de junho de 2012

RESUMO DE ARTIGO


Disciplina: PRÉ-CLINICA
Alunas:          
10
EVELANE MAIA DE OLIVEIRA CARNEIRO
10
RAYSSA MENDONÇA VITORINO



RESUMO DO ARTIGO: “Frequência de relatos de parafunções nos subgrupos de diagnósticos de DTM de acordo para pesquisa em disfunções temporomandibulares.”



      O objetivo do artigo supracitado é verificar qual a frequência dos relatos sobre as disfunções temporomandibulares (DTM) que podem ser definidas como um conjunto de condições dolorosas que envolvem os músculos de mastigação do paciente que acometem os pacientes diurna e noturnamente e tem como sintomas característicos a dor à palpação muscular e/ou articular, limitação à função mandibular e ruídos articulares. Tais sintomas tem uma incidência de mais de 75% da população adulta.


      A falta de conhecimento específico nessa área faz com que a sua classificação seja dada a partir dos sintomas. Atualmente o “Critério Diagnóstico para Pesquisa em Disfunção Temporomandibular” oferece a melhor classificação para a DTM, pois oferece métodos para avaliar a dor crônica e os níveis dos sintomas depressivos. Hábitos parafuncionais são aqueles os quais fogem à normalidade de funções como a deglutição, mastigação e fonação. Dentre os hábitos orais que afetam as estruturas mastigatórias estão o ranger ou o apertar dos dentes que tem pressões intra-articulares maiores que 40mmHg, podendo até liberar radicais livres que por consequência causam danos no tecido celular, também denominado bruxismo. Hereditariedade, fumo e o alto consumo de café são os principais causadores do bruxismo. O cérebro é primeiramente ativado, logo em seguida é notada certa arritmia cardíaca, logo depois a musculatura mastigatória é fortemente ativada.


      Nos episódios de bruxismo, 60 a 80% ocorrem durante o sono leve. O bruxismo tem uma baixa no decorrer em que a idade aumenta. Tem uma presença de 24% em crianças, 14% em adultos e 3% em pessoas acima de 60 anos de idade. Há evidências de que o bruxismo é causado pelo fato de que o cérebro interpreta pulsos eletromagnéticos e a frequência cardíaca durante o sono, a qual tem sua atividade três vezes mais frequente. Há métodos de avaliar esse comportamento através de auto-relato, exame clínico oral e estudos em laboratórios do sono.


    Com o tratamento de polisonografia o diagnóstico clínico foi correto em cerca de 83,3% dos casos, embora sejam bastante confiáveis tem uma difícil realização assim como um alto custo, limitando o acesso à famílias mais carentes. O diagnóstico para que se detecte uma pessoa que seja bruxomana, ou seja, pessoa a qual sofre de bruxismo também pode ser feito através de analise, como por exemplo, uma criança que não tem idade o suficiente para que tenha tal desgaste nos dentes.


          Foi utilizado um banco de dados composto por informações diagnósticas de fichas clínicas da data de maio de 2004 à agosto de 2005, no qual foram avaliadas 217 pessoas. Estas foram divididas em 3 grupos. O grupo I com diagnósticos de dores musculares, o grupo II com deslocamento de disco e o grupo III com artralgia, osteoartrite e osteoartrose. A maioria destes recebeu diagnóstico de dor miofascial e alterações degenerativas e/ou álgicas da ATM representando 40,7% da amostra. De 182 pacientes estudados, 140 relataram algum tipo de parafunção sendo ela diurna, noturna ou uma associação entre ambas.


     Os estudos sobre a influência das parafunções orofaciais ainda são limitados, porém há possibilidade de que estas estejam relacionadas hábitos parafuncionais sobre a estrutura do sistema estomatognático. Pesquisas têm sido desenvolvidas para se saber a relação entre essas parafunções orais, como o bruxismo, seu início e agravamento. Sabe-se que o melhor modo de se diagnosticar o bruxismo é através de polisonografia. Como previamente demonstrado, pacientes com DTM apresentam níveis elevados de atividade nos músculos masseter e temporal em repouso.          


       Sendo assim, a parafunção diurna foi mais frequente em pessoas que tem alterações álgicas e/ou degenerativas da ATM, ao passo que pessoas que tem parafunção noturna apresentaram deslocamento do disco articular isoladamente ou com dores miofasciais. As parafunções diurnas e noturnas foram mais frequentes em pessoas que apresentam dor miofascial.

Autores do Artigo Científico: Raquel Stumpf Branco, Carla Stumpf Branco, Ricardo de Souza Tesch e Abrão Rapoport
Revistas: Revista Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 13, n. 2, p. 61-69, mar./abr. 2008
BRANCO, R. S.; BRANCO, C. S.; TESCH, R. S.; RAPOPORT, A.

Nenhum comentário:

Postar um comentário