305-1 - 1ª Turma de Odontologia da Faculdade Leão Sampaio

305-1 - 1ª Turma de Odontologia da Faculdade Leão Sampaio
Primeira Aula de Anatomia Humana - Profª Drª Vanessa Bitú

quinta-feira, 21 de junho de 2012

RESUMO DE ARTIGO


 RESUMO DE PRÉ CLÍNICA
 ALMIRA GONÇALVES SIQUEIRA

Relação entre disfunção temporomandibular e mordida cruzada posterior.


Iara Roberta AREBALO
Silvia Amélia Scudeler VEDOVELLO
M ilton SANTAMARIA JÚNIOR
Mayury KURAMAE
Carlos Alberto Malanconi TUBEL


     A articulação temporomandibular (ATM) é uma das mais especializadas e diferenciadas do organismo, pois é capaz de realizar movimentos complexos e está relacionada praticamente com todas as funções do aparelho estomatognático. A mastigação, deglutição, fonação e postura dependem muito da função, saúde e estabilidade da articulação temporomandibular.
    Martins, afirmou que a etiologia da disfunção temporomandibular é complexa e multifatorial, sem a determinação de um agente etiológico específico. Dentre as alterações oclusais que apresentam como fator etiológico para a DTM destaca-se a mordida cruzada posterior que pode ser definida como a relação anormal, vestibular ou lingual de um ou mais dentes da maxila, com um ou mais dentes da mandíbula, quando os arcos dentários estão em relação cêntrica, podendo ser uni ou bilateral. Merighi et al. realizaram estudo para verificar a ocorrência de DTM em crianças, correlacionando a disfunção com a presença de hábitos parafuncionais deletérios. A
coexistência entre DTM e hábitos parafuncionais foram detectados em 20,25% das crianças.
    A proposta deste trabalho é avaliar a frequência dos sinais e sintomas da DTM c dos hábitos parafuncionais em crianças que apresentam a maloclusão de mordida cruzada posterior.
Ø      Caracterização do universo amostral e critérios de inclusão e exclusão:
Foi obtida uma listagem única de todas as crianças incluídas no possível grupo amostrai. Foram excluídas da pesquisa crianças com doenças que impediam o diálogo e o entendimento das instruções, as que já foram ou estavam sendo submetidas a tratamento ortodôntico ou ortopédico dos maxilares.
Ø      Método de avaliação:
O exame clínico consistiu em inspeção visual efetuado por um único examinador, nas dependências da Instituição. O profissional contou com o auxílio de espátula de madeira, para verificar as características oclusais dos pacientes, sendo selecionados apenas aqueles que apresentaram uma característica oclusal específica: mordida cruzada posterior. Também se observou a presença de hábitos parafuncionais: bruxismo, sucção digital ou de chupeta, onicofagia, interposição labial. Os sinais clínicos da disfunção temporomandibular foram verificados por meio da constatação de ruídos articulares, travamento, luxação ou dor durante movimentos mandibulares. Além desses exames, as crianças foram submetidas a uma entrevista, acompanhadas pelos pais ou responsáveis.
   Em relação à presença de hábitos parafuncionais onde sucção digital e/ou chupeta e onicifagia foram os hábitos mais relatados, com 80,95% e 57,14% respectivamente. Bruxismo (14,28%) e interposição labial (28,57%) também foram encontrados. Quanto à frequência dos sinais clínicos de DTM, observa-se que ruído articular (21,42%) foi o mais observado, seguido por luxação ou dor durante os movimentos mandibulares (9,52%) e travamento (2,38%). Na distribuição do tipo de sintomatologia da DTM, pode-se observar que dores de cabeça frequentes (59,52%) foi o sintoma mais relatado, seguido por cansaço ou dor muscular na mastigação (38,09%).
   Nos resultados obtidos no presente estudo foi concluído que os pacientes com mordida cruzada posterior apresentaram alta ocorrência de Disfunção Temporomandibular, sendo as sintomatologias mais encontradas, a dor de cabeça e cansaço muscular. Entretanto não se pode afirmar até que ponto a mordida cruzada posterior é considerada um fator predisponente ou apenas.
       



RGO – Rev. Gaúcha Odontol., Porto Alegre, v. 58, n. 3, p. 323-326, jul./set. 2010.

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